OBESIDADE: Compreendendo e Tratando com Responsabilidade
A obesidade é um desafio global em saúde pública. Mais de 40% da população adulta no Brasil enfrenta o excesso de peso, enquanto as preocupações com o peso em crianças estão em ascensão. A mudança para um estilo de vida mais saudável, incluindo atividade física regular e uma dieta equilibrada, é recomendada para prevenir o ganho de peso.
RAÍZES E IMPACTOS PRINCIPAIS
O ganho de peso é uma questão multifacetada, influenciada por alterações no metabolismo, hábitos diários, como a falta de exercício e escolhas alimentares menos saudáveis, bem como questões emocionais, como ansiedade, depressão e compulsão alimentar. Além disso, fatores genéticos desempenham um papel significativo; estudos indicam que há um risco 50% maior de desenvolver obesidade se um dos pais for obeso.
A obesidade não apenas afeta a autoestima, mas também traz riscos à saúde, como pressão arterial elevada, aumento do colesterol e triglicerídeos, diabetes e problemas ortopédicos e dermatológicos. Em última análise, está associada a uma maior probabilidade de morte prematura.
AVALIAÇÃO DO GRAU DE OBESIDADE
O Índice de Massa Corporal (IMC) é comumente usado para classificar a obesidade. Porém, um método mais preciso é a densitometria de corpo total, que mede com precisão a quantidade de músculos e gordura no corpo, identificando pessoas que, apesar de magras, podem ter uma quantidade preocupante de gordura concentrada no abdômen ou mesclada aos músculos, o que aumenta o risco de complicações.
OPÇÕES DE TRATAMENTO
Compreender melhor a obesidade resultou em um maior leque de opções de tratamento. Cada pessoa é única, e um plano de tratamento deve ser personalizado, levando em consideração o diagnóstico e as características individuais.
A cirurgia bariátrica é considerada em casos graves, especialmente para pessoas com um IMC superior a 42 Kg/m². Diversas técnicas cirúrgicas estão disponíveis, mas a escolha deve ser feita após uma discussão cuidadosa entre médico e paciente.
Foram desenvolvidos tratamentos com agonistas GLP1, como Liraglutida, Dulaglutida, Semaglutida, que ajudam na perda de peso e no controle do metabolismo. O tratamento com a combinação de Agonista GLP1 e GIP (Tirzepatida) mostrou uma perda de peso de até 23% do peso corporal em 72 semanas, sendo recentemente aprovado pela Anvisa.
No futuro, espera-se o desenvolvimento de mais combinações terapêuticas, mais eficazes na perda de peso e aprovadas para o tratamento da diabetes.
Além disso, existem medicamentos para o tratamento da compulsão alimentar, como Lixdexanfetamina (Venvanse) e o Contrave (Naltrexona e Bupropiona), que foram recentemente aprovados.